quinta-feira, 12 de março de 2009

Solidão

Livre?
Quando o medo bate na porta.
Quando a força bate no muro.
E você se vê desesperado, tentando de todas as formas se livrar dessas paredes que te prendem à solidão.
E por mais que se lute, que se queira, a liberdade é sua prisão.
E sendo seu maior medo o de morrer sozinho, hoje a morte lhe dá arrepios. Hoje ela lhe traz tremores.
Treme. Treme.
Bate dentes, bate carros, bate tudo.
E esperneia. E grita. E corre.
Enlouquece. Mas não és abandonado pela solidão.
E no dia da sua morte, ela será sua companhia. Sozinha. Modesta. Singela. Tímida. Mortal. Funesta. Híbrida. Faminta. Viva.
E por mais triste que seja, não morrerás sozinho, terás em seu encalço a SOLIDÃO.
Natureza Humana.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A discussão Machado de Assis

Ainda não ousei colocar a palavra crítica. Mas dando sequencia ao que faz parte da idéia original desse Blog achei interessante colocar uma observação a obra de Machado, que é a famosa discussão do Dom Casmurro. Esse meu blog eu uso mais pra divulgar coisas que eu considero mais literárias. É como se esse fosse o meu blog pra minha arte, com as palavras. Os tantos outros demais não são desse jeito. E como é de arte que eu trato aqui, é disso que falo quando falo de Machado.
Finalmente entendi o olhar oblíquo e dissimulado. Ah, o olhar oblíquo e dissimulado.
Falando nisso eu gostei da mini-série Capitu que a Globo exibiu. Ouvi falar que teve um cara famoso que falou mal, talvez ele tenha cometido o erro de terminar o livro antes da série.
Mas voltando ao que tô tentando fazer aqui, que é o que eu vou apresentar como o meu argumento para a minha posição nessa famosa discussão, acredito que Capitu traiu sim o Bentinho, e porque? Por causa do seu olhar olbíquo e dissimulado. Pensem nisso, quem essa não foi a dica do próprio Machado pra nos contar o que houve.
Mas é claro, opniões são opniões, e eu respeito todas.
Cada um pensa o que quer não é? Pelo menos isso podemos fazer?
Quem sabe um dia escrever também.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A Sina

Corria, corria sem ao menos olhar pra trás para admirar as gotas de lágrimas e suor que ficavam no caminha. Não sabia onde estava, não sabia aonde ir, não sabia porque corria. Mas corria como se estivesse em seu encalço o pior de todos os perseguidores. Sabia que era um corredor.

Do que corria era também uma incógnita, mas gostava de mistério e bastou saber que chegaria a algum lugar para aliviar qualquer curiosidade que tivesse. Onde chegaria também não sabia, mas sabia como: correndo.

E exatamente por estar correndo é que tinha absoluta certeza que chegaria em algum lugar o mais rapido possivel, msmo que demorasse muito.

Não sentia fome, não sentia sono, não sentir dor.

Não sentia o homem, não sentia o abono, não sentia o amor.

Mas sentia que estava sentindo algo que se deve sentir.

Sentia desenchavido, que esquecera de sentir alguma coisa no caminho e que esquecera no caminho o sentimento de esquecer.

Por vezes sentindo que sentado estava, corria por horas felizes de comodidade e quando percebia que ainda corria, sentia que havia se enganado.

E corria, corria e corria, até que um dia percebeu que havia chegado. Tentava continuar correndo, mas agora estava sentado.

Achou que fosse um lindo sonho de descanso por alguns dias e se deu conta que estava errado, esteve mesmo correndo e estava mesmo sentado, sem saber de onde vinha, nem pra onde ia, sabia que havia chegado.

Onde? Você me pergunta.

E eu digo, "pergunte pra ele que está sentado"

E se perguntar ele vai saber que foi alcançado e sairá correndo feito um condenado.

Fugindo do que ou de quem não sabe, só sabe que está atrasado.

Então vai perceber que não devia estar correndo, mas que devia ter voado.

Sentindo no rosto o vento que o leva, sem nem olhar para trás para admirar as gotas de lágrimas e suor que o acompaharam.

Quando estiver bem no alto, que talvez tenha chegado, perceberá que esteve caído ao seu lado e que todo a jornada sem destino, sem rumo, sem origem, não passou de um...

Agora sabe a verdade, de que sentimento esteve fugindo, o prq de estar tanto esfolado.

Boa viagem!