Há quem diga que foi descaso
Mas em todo caso o poeta
Estava esfacelado.
Suas palavras perduraram
Já que não há como mudar o passado
E apesar de estar um pouco arrependido
Tudo que disse já estava gravado
Quando em palavras escritas
Expressou tudo que sentiu
E como na armadilha caiu
Sempre com palavras bonitas
Em outras oportunidades
Expressou-se em cantos
Sendo um cantor malandro
Viajando por várias cidades
Mas o poeta não teve poema recitado
Sua voz calou-se no peito junto ao grito
Foi abafada pela distância de seu objetivo
Vítima de sentir-se só e desolado
Fez tudo que estava ao seu alcance
Viu a morte lhe sorrir de cima da estante
Triste a esperou chegar sem esperança
Passou e deixou um corte na garganta
Esvaiu-se de inspiração como a murcha flor
Ainda pensou nela em seu ultimo suspiro
E desejou com a morte um novo futuro
Para que mesmo longe ela pudesse enfim ouvir seu clamor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário