terça-feira, 3 de novembro de 2009

FODA-SE

Me sinto perdendo tempo escrevendo
Me sinto perdendo tempo fazendo qualquer coisa na verdade
Me sinto perdendo tempo vivendo
Me sinto perdendo tempo vendo essa triste realidade

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Adeus

Eu sou um idiota completo.
Meus pensamentos giram em torno da mesma coisa e da mesma pessoa.
E é claro que é sempre tudo relacionado a mim.
Porque eu sou um tremendo de um egoista.
Porque eu só penso em mim mesmo.
Porque eu não sei ser amado.
Porque eu não passo de um pedaço insignificante de gente mal amada.
Porque eu sou uma criança chorona.
Porque eu não sei o que faço.
Porque hoje eu prefiro acreditar que sou burro.
Hoje eu escolho acreditar que eu sou idiota.
Porque estou me sentindo mal por um pedaço de mim que deixe a mercê e foi estratégicamente fisgado no mar.
Não vejo futuro, não quero ver.
Hoje eu estou pessimista.
Hoje eu estou triste.
Então pegue seja lá o que for que te trouxe aqui e te faz ler essa merda, enfie ela no bolso e dê meia volta.
Porque hoje eu duvido que seja uma pessoa interessante.
Hoje eu sou um buraco vazio.
Hoje eu não tenho conteúdo.
E talvez nunca tenha tido.
Hoje, você pode pisar em mim.
Hoje eu não vou reagir.
Talvez nunca.
A impressão que tenho é que estou dando adeus.

Adeus

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O maldito poema

Esse é sombrio
Esse é ingrato
Tardio e chato

Esse tem rima
E tem até dado,
E violão em cima do gato

Este é sozinho
E também solitário
Mesquinho e otário

Esse não passa
De um leve capricho
Que laça o enxerido

Esse tem ódio
E um amor bacana
Do ócio de um muquirana

Esse é de bosta
Eu admito
Que roça no que já foi dito

E sempre repete
Como as estações
Mesmo que leve novas expressões

Tem versos de três
Por que não quero contar
O que me fez ao me abandonar

Fico caído
Como os versos passados
Solto um grito desesperado

E o que vem adiante
Que seja bonito
Mesmo durante o maldito

Folgo e desfaço
O que está escrito
Pois nesse laço ainda há risco

Se desobecer
Ao menos comente
"Tem que crescer essa mente demente"

E que seja bendito
O que há pra dizer
"O poema maldito tem de amadurecer"

A morte precoce
Que vejo adiante
Só pode ser coisa de errante

Se erro infantil
Enquanto estive no cerco
Afirmo viril que ouve acertos

E não paro com isso
Porque quero que saiba
Que esse pobre mestiço caiba

Num canto escondido
De um coração
Inserido em pequena emoção

Só não deixe
De se lembrar
Que para todo o sempre lá vou estar

Parece bobeira
Ou irritação
Falo asneira por não ter diversão

Não leia
Não leia
Não leia

Bobo

domingo, 13 de setembro de 2009

Em meados

Dos dias de setembro
Posso dizer
Infelizmente
Que acabou

Já posso jogar meu amor no lixo?
Já posso dizer que não mais existo?
E que sinto falta do esguicho
E que cuido pra não errar o prefixo

Descuidado
Foi isso que fui
E por isso que escrevo
Na esperança que um dia
Alguém
Inadvertidamente
Leia e me entenda

Talvez
Tenha sido isso
Que tenha faltado
Um pingo de felicidade

Um ponto de entendimento
Uma volta de anestesia
Um dia sem limites
Uma noite de fantasia

Não me entenda mal
Só não quero sofrer
Parecer banal
Matar ou morrer

Ah
E que todos saibam
É isso afinal

sábado, 5 de setembro de 2009

Uma busca

A vida inteira me deram presentes
Compravam na loja da esquina
A ultima felicidade da semana

Achando que ferros nos dentes
Dariam fim a tal sina
Que não passava de mãnha

Ao menos era o que me diziam
"Ora menino, deixe de bobeira
Você já tem o que precisa"

O que preciso não me trouxe
Aquilo que sempre procurei
Fácil de encontrar em palavras

Alheias é claro
Não imaginei que fosse tão raro
Encontrar de verdade
Talvez na mesma cidade
Nem que o preço fosse tão caro
Ou que era cercado por um aro
Que protegia da mediocridade
Aquela que chamam felicidade.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mais um Contado

Ah é
Abri, pra mais um contado
Quando me dei conta
A ideia era passado

Então
Não havia mais o que contar
A palavra estava tonta
Não dava mais pra lembrar

Os dias
Belos estavam próximos
O fim estava na ponta
E o final era lógico

Pra quem
Não sabe o que diz
A escrita ronda
O eterno aprendiz

Sim, bobo
Porém, todavia, contudo
Há palavra mais sonsa
E muito futuro

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Blue

Hoje o dia estava azul, belo, brilhante.
Mas não era assim que eu me sentia.
Os dias agoras eram diferentes.
Essa distância, mesmo que pequena, quase virtual.
Tornavam as coisas azuis de uma maneira um tanto quanto incomoda.

Não via mais a beleza nas coisas.
Aquela beleza descomunal havia distorcido minha visão.
O sol, a lua, nada se compara.
Agora nada era tão... único e especial.
Só aquela beleza era corada, todo o demais ficava mais azul.

E então o sol começa a se por, banhando de escuridão o dia.
Escurecendo nossas vistas em direção a noite.
Então me percebo como um pequeno engano, um erro.
Algo que ganhou cor por uns dias, mas deveria ser mais azul.
E lágrimas correm em palavras, num misto de tristeza e felicidade.

Músicas, gestos, escritos.
Ambas tentam dizer aquilo que não fui capaz de dizer a tempo.
Tentando corrigir ações e ditos que não deveriam ter sido ditas.
Então bate um arrependimento e um pensamento:
Que momento blue.

Ah, se pudessemos voar com liberdade.
Deixar pra trás todo o peso do passado.
Sentir no rosto a brisa do que vem adiante.
Sabendo que as coisas, mesmo não sendo tão belas.
Ainda são belas.

E que o azul fique colorido.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Fonte de Prazer

Aquele pedaço
De bom caminho
Suculento e apetitoso
Água na boca

Fonte que jorra
Dedos que molham
Gritos calados
Que águam na boca

Jorram que eu sinto
Tremem que eu sei
E da água na boca
Uma sede que cessa

Bebe maroto
Sacia aos poucos
Mas a sede de ti
Persiste

A fonte
Que torna a jorrar
Molha
E aquece
Deliciosamente

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Egoismo

Queria que todos os outros fossem cegos
Para que só eu pudesse ver sua imensa beleza.
Que todos fossem surdos e que só eu,
unica e exclusivamente eu, pudesse ouvir sua linda voz.
Todos os outros podiam ser vegetais;
Que só o meu toque tivesse sentimento
Que fosse o unico com sentido, que fosse o unico
capaz de te fazer tremer e sentir espasmos
Que o mundo todo fosse ignorante, que só existisse entendimento, cumplicidade e conhecimento entre nos dois.
Queria que a felicidade fosse algo palpável e eu pudesse proporcioná-la.
Querer é poder, e eu posso.
Mas talvez isso seja apenas o título.

*-*

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pedaços de letras e de inspiração

"Não deixe a brasa apagar
para o incêndio pegar
tem que manter a chama
não diga que não me ama

você me diz que não
e eu digo que sim
concluimos então

não durma em cima de mim
não me olhe assim
da nó na minha cabeça
só não me desapareça

você me diz que sim
e eu digo que não
esse não é o fim"

"Quem ama rima com cama"

"Soco na mente, pra quem sabe o que é, tá dado o recado"

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Fala sozinho

No calar da noite, as vezes nos pegamos pensando em coisas que não devíamos pensar, definitivamente. Então, aqueles homens de fé, que fazem por merecer tudo o que tem, se perguntam se estão realmente fazendo tudo que deviam e se estão merecendo o que tem. E alguns, sem saber que deviam insistir um pouco mais, acabam desistindo e deixando as coisas feitas pela metade. Coisas que se terminadas seriam belas e que por diversas vezes acabam em desperdício. De tempo e vida.
Tem coisas que deveriam ser terminadas, para que se pudesse ter real certeza da grandeza que ela atingiria, ou da decepção que geraria, mas não da pra deixar certas coisas pela metade, não resolvidas, mal faladas, não ditas.
E chego a conclusão, que realmente não deveríamos pensar nessas coisas e que os tais homens de fé, deveriam ter mais fé neles mesmos e nunca abandonar pelo caminho algo que querem de verdade.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"O recomeço"

Eu gosto de escrever, mas nem tudo que eu escrevo é bom.
Eu gostaria que fosse, mas nem sempre nossas vontades são atendidas como que em um passe de mágica.
Inclusive, são raras as vezes que as vontades são supridas assim.
Talvez na infância enquanto assistíamos desenhos e brincávamos despreocupados.
Mas voltando a escrita, o ultimo que estava aqui, eu gosto dele, mas não é bom. Eu não acho bom.
Gosto como se fosse um filho mal-criado, mas que sabe ser carinhoso, que sabe te dar vontade de olhar pra ele e passar a mão nos cabelos, orgulhoso que só. Pode não ser o preferido, mas é um filho seu.
Nem sempre podemos recomeçar. Por vezes tomamos caminhos sem volta, mas nos é permitido se arrepender, querendo mais que tudo, mudar o passado.
Quem sabe em uma ocasião evitamos uma tragédia no futuro.
Mas por hora basta o recomeço.
E por onde recomeçar?
Perguntas ajudam?
Isso é recomeço?
Do fim? Do inicio? Do meio?
Não, o recomeço não é tão confuso, ele é coeso.
Nem sempre é planejado, embora devesse ser, e deixa a desejar em alguns momentos.
Tem vezes que nem parece recomeço.
O mesmo marasmo do suspense nos envolve, e quando damos conta estamos lá, de novo no recomeço.
O recomeço não vem necessariamente do começo, pode vir de qualquer lugar.
Às vezes recomeçamos do início, às vezes recomeçamos do meio, às vezes é bem no final que surge um recomeço.
E às vezes até do próprio recomeço.
Sabe, eu nem queria recomeçar, mas agora já comecei, um dia tem de acabar. Por mais que acabe aqui, foi um belo recomeço.
E continuo minha sina. Correndo, voando.
Pra qualquer lugar.
E no final chego ao começo, e então acho que vou recomeçar.


"O recomeço"


Esse é o recomeço.
Ah, deixa pra lá.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Oh minha doce garotinha

Oh minha garota
Quando foi que meu sorriso parou de te agradar?
Foi porque eu parei de dançar?
Te olho de longe, distante e com medo
Você tem outro rapaz
E eu achando que era tão cedo...

Oh minha garota
Não quero te perder
Não quero ter que te ceder
Sei que ninguém mais vai te amar
Não me faça de trouxa
Oh minha garota

Minha doce garotinha
Agora estamos a sós
Vamos falar sobre nós
Esse fervor pulsante
Que a tua veia dilata
Me banha e me hidrata

Oh minha garota
Você não pode mais falar
Mas pra sempre eu posso te tocar
Oh minha doce, doce garotinha
É uma pena você estar em pedaços

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De autoria do Senhor Rodolfo Grande, vulgo bolha!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ilegal, imoral ou engorda?

Rei Roberto!
Dispensa apresentações

domingo, 14 de junho de 2009

Gestos

Finalmente de volta a MINHA vida virtual.
Cheguei a conclusão que gestos não dizem nada, talvez eu seja muito literal. Mas ainda assim essa palavra não deixa de existir em meu vocabulário e, portanto, não posso deixar de ser eu mesmo.
Alías, é uma palavra muito bonita. Vou escrever um poema sobre ela, em outra ocasião.
Agora volto ao que tem sido parte de minha rotina atual, cantar e gravar. Mas como voltei ao meu aconchego do lar, me falta um violão de qualidade, uma câmera de qualidade, um cantor de qualidade e etc. e tal.
Dessa vez uma musica que eu sempre gostei de cantar e tocar, um gesto antigo, assim como a do nando reis: Codinome-beijar flor. Tentar tocar cazuza é muita ousadia, mas gosto dele. "É pouco, mas é tudo que posso oferecer".
Violão desafinado, cordas velhas, ou seja, uma beleza que só.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados não podia faltar

Não precisa estar apaixonado ou amando para sentir esse dia não como um outro qualquer, mas como um especial. Aquele que nunca se apaixonou ou amou que atire a primeira pedra. Estava eu por aí, pensando nas coisas bobas da vida e pensei comigo mesmo, porque não uma homenagem aos namorados e namoradas que possam ao acaso passar por aqui.
Sim sim, uma data criada para vender? Provavelmente, mas isso não quer dizer que ela não possa reprensentar muito na vida das pessoas. Com o tempo tudo há de se acertar e eu, como ando meio retrô, resolvi cantar Fábio Jr. Como todo mundo sabe eu não sou cantor, nem intérprete. Canto por que gosto e por que escrevo versos que se encaixam em melodias de vez em quando, portanto, considerem o GESTO e não a qualidade.
Feliz dia dos namorados para todos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Por onde andei?

Musica do seu nando q eu resolvi posta!!
O video ta estranho, mas foda-se, este sou eu!

domingo, 7 de junho de 2009

E agora José?

Vários pensamentos passam pela minha cabeça nesse exato instante. Talvez não nesse momento, em um mais errado ou incerto, mas por aqui. Alguns destes devaneios acabam por se transformar em palavras que não correm exatamente na direção que deviam e nem revelam tudo que se passa nestas veias cheias de idas e vindas.
Mas sabe o que incomoda de verdade? Não são pensamentos, não são palavras. É o que eu sinto no meio dessa confusão toda e a falta de vocabulário para me expressar.
E agora José? A festa acabou?
E agora José? A festa acabou.
E agora José, a festa acabou.
E agora...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

"Vê? Você não está aqui" Cantado

Em homenagem a aniversariante. Essa é pra você!
Infelizmente nao da pra ouvir quase nada, mas tá aí. Um dia, quem sabe, eu faça uma gravação melhor.
Como a outra, tem a letra dela alguns posts atrás, mas com algumas modificações.
Enjoy, Be Happy and Happy birthday!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Jamais me esqueça


Chega de dúvidas, agora são só certezas.
Eu sou aquele que te persegue nos sonhos mais sombrios.
Eu sou aquele mistério nos romances policiais.
Eu sou a chuva que ainda não veio.
Sou dias de sol e noites chuvosas.
Sou mal feito de voar, mas sou livre de pensar.
O poeta que morreu e ressuscitou.
O ladrão de seu bem mais precioso.
E vou pegar carona numa calda de cometa.
Sou afago, arraso, e do mundo.
Sou a metade faltante, ausente, e esperada.
Sou o desejo do inconsciente.
Sou o corpo.
Sou a alma.
Sou deus e o demônio.
Sou o inocente da guerra, o causador da morte.
Sou o rei do baralho.
Ás de espada.
Sou a confusão e o caminho.
A fé branca como a neve.
Esperança clara como o luar.
A sede de uma matança.
A espera de um milagre.
A vida dourada.
Sou metamorfose ambulante.
Eu sou o inicio, o fim e o meio.
Eu sou eterno.
E eternamente quem sou eu.

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Esse poema já tem aqui, de outubro do ano passado, essa respostagem é em homenagem ao meu aniversário

domingo, 31 de maio de 2009

Sobre mim Cantando

Bom, alguns posts atrás tem um soneto mto mal feito, mais descuidado na verdade, sem métrica nem nada. De soneto mesmo só a estrutura dos versos. Mas então, eu resolvi aproveitar o violão para deixá-lo musical, e aí está. Vale lembrar q eu não sou cantor e q a gravação é extremamente amadora. O efeito estranho foi de propósito, pra não mostrar quão feio eu sou ou acho ser.
Divirtam-se.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

As vezes

Queria que o tempo congelasse como as fotografias

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sobre mim

Sou um cara simples, meio sem ter o que fazer
Às vezes gosto de escrever, de pensar ou de conversar.
Costumo falar de mim aos versos, certos e imaturos.
Tento não ditar o ritmo macabro da ilusão.

Perco tempo de bocó, quando vejo foram meses.
Tenho fé, tenho dó, tenho ser, tenho medo.
E se me negaram os meus direitos noturnos,
Também não me nego em dizer que houve confusão.

A espreita, certeira, de algo que se move
Se de dia, tem dias, que a noite não vem.
À noite, tem dias, que o dia não morre

Calado, soturno, a espera de um trem.
De um futuro rasteiro que agora não morde
Porém, todavia, está indo para o além

domingo, 17 de maio de 2009

A travessia

Me encanto em cada canto que me canta com atenção.
Me vejo assim, perdido, no horizonte deste chão.
A história segue os rumos que ditou o coração.
Nem um ou outro manda quando berra o canhão.

A guerra, a guerra.

Ele sempre fora, moço trabalhador.
Regou a sua terra, com com sangue e seu suor.
Até que certa vez, cansado de temer.
A paz acreditava, que não podia ter.

Se lançou ao mar!!

Vamos homens, vamos homens!! Vamos trabalhar!
Aqui a vida a vida é dura, ou querem se afogar.
E você aí garoto, que faz no meio do mar?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vê? Você não está aqui

Ando sozinho pela estrada
Sinto na face a navalha
Vento cortante não me mostra o horizonte
Quero estar estando um pouco mais longe

Ouço boatos que perdi a direção
Estão perdidos, já nem sei onde estão
Os pingos de chuva dentro do busão
Eu vou seguir o rumo do meu coração

Coração

Estou parado em um bloqueio
E o jeito é lhe roubar um beijo
Um tanto distante parece o dia de ontem
Num dia incerto observo aquele monte

De solidão, solidão

No caminho da jornada
Há rumores de geada
Que te congelam frente à televisão
E misturam-se com um copo de ilusão
Vê? Você não está aqui
Vê? Você não está aqui

Vou tomar as rédeas, da minha vida
Isso pode ser a minha despedida
Eu te quero bem, como tenho medo
De deixar morrer em mim esse desejo
Vê? Você não está aqui

Ainda sem nome

Ainda ontem eu evitei
Um assalto iminente
Que ainda está vivo na minha mente

A vida é mesmo interessante
E eu nunca me dediquei
Mas já chegou a minha vez

E eu me pergunto até que ponto
Vou esperar aquele encontro
Está na hora de correr

Atrás
De um novo amor
E sei
Pra onde vou

Em mim
Posso encontrar
A fonte
Pra explorar

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Trajes a Rigor

Vamos continuar o musical
Isso agora era o que todos sabiam
Conto que no conto um desencontro
Fez a diferença no final

Na voz do povo, era isso que queriam
Um inforntúnio desses afinal
Canto que no canto o desencanto
Nos traría trajes a rigor.

Mas era uma homenagem,
O grande planejado
A novela se estendia
Para ao amigo do lado.

Tudo estava tenso
E nem o namorado
Queria ter usado
De tanto pudor

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Canto Daquele que Vence Todas as Batalhas

Encontros e desencontros
Encantos em cantos
Conto que canto

Te vejo, bela, mais bela que a beleza.
Desejo, nela, todas as outras grandezas.
Falo, por partes.
Falam, que é arte.

Daqui de cima, onde estou, vejo quase todas.
E nota-se, que se destaca.
É como se da praia, encontrasse a pérola no fundo do mar.
Como um encontro num canto.

Canto que conto, no meio do conto.
Um conto de encontro.
Encontra que canta, no meio que encanta
Me canta, me encanta.
Cantos e contos.
Contos e cantos.

O conto!
O conto!
O conto era de amor. Entre duas pessoas. Não seja seco, Fale direito. Amor. Amor.
Sim. sim. Sim.
Era amor. Amor.
Que coisa estranha, que é o amor.
Todo mundo via, não dava valor.
Quem me diria, que o tal Nicanor.
Teria a batalha, ao seu favor.

Nicanor! Nicanor!
Mas a sua amada estava longe.
Nicanor! Nicanor!
Um pouquinho pra lá, daquele monte.
E todos lá sabiam, que a sua vitória
Ainda estava viva e tão cheia de glória.
Suas vidas continuavam, até a outra batalha.
Junto eles marchavam, até outra vitória.
Enquanto isso, o seu Nicanor
Falava pra todos, com muito fervor.
Vamos avançar.
Vamo avançar.
Todos nós aqui, sabemos que vencemos
Por causa das pessoas, que ainda veremos.

Nicanor! Nicanor!

Mas nem todos, estavam tão certos
Ainda tinham aqueles que temiam.
Diziam que o futuro era incerto.
Que não sabiam até onde iriam.

Sempre houveram covardes, até numa matilha.
Covardes! Covardes!
Não. não. Não.
Não somos convardes, e nem justiceiros
Pensavam também, no filhos herdeiros.
Pensavam na vida, nisso é que pensavam.
E também no retorno, para as suas amadas.
Como o planejado, como o planejado.


Cantos de encantos em contos.
Contos de encontros em cantos.
Encontros e desencontros
Cantos e desencantos
Conto, que não tenho conto.
Conto, que canto em canto.
Conto, que não te conto.
Conto.
Conto.
Conto.
Conto.

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Quando passar por aqui, por favor comente.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Novo

Cada passo, traz uma lembrança
Cada vôo, uma alavanca
Me traga, eu trago, uma breve esperança

Cada inspiração
Vira (ex)piração

Sinto a brisa, no olhar
a palavra, me manda
Na casa, do caso, (mal)dito

Eis o novo começo
Eis meu louco desejo
Por...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Dor

Um tipo de prazer inconfundível ao qual todos,
Confundem com algo chamado, inconsequentemente, de dor.
As conseqüências dessa confusão pífia típica,
Resulta na elaboração da própria dor e de tudo ao seu redor.
A dor nada mais é do que o medo dela própria,
Que na verdade é muito mais dolorosa que a própria dor.
É mais fácil viver na dor, é mais fácil viver doendo.
Mais fácil viver doando, mais fácil que viver.
Mais fácil que doer.

"Dead inside"

De vez em quando eu me lembro que tenho outros blogs, que cada um eu trabalho um tema específico. Esse é o que eu escrevo os meus poemas e afins. Coisa simples, momentos. Tenho vários outros, cada um de um tipo e fase diferente. Até alguns sonetos eu tentei compor, mas não chegam nem aos pés da beleza encontrada nos grandes mestre. Muita preocupação com métrica e coisa do tipo, não é meu forte, mas espero que um dia eu consiga compor um que eu ache realmente bom.
Algum tempo atrás eu decidi que também faria críticas, comentários e coisas do tipo, sempre frizando a arte de forma geral. Inicialmente seria sempre voltado pra literatura, mas decidi que vou expandir a ideia, discutir cinema, séries, TV, entre outros. Afinal, todos nascem da literatura, por que alguém tem que escrever algo em algum momento.
Resumindo, estive conversando com um amigo meu, meia hora de blá blá blá muito bem gasto. Talvez eu seja um pouco preconceituoso em relação as pessoas, sou novo, mas já cansei da humanidade. Talvez, ter tentado ler o maldito do Schopenhauer, tenha sido mesmo um erro, como me disse uma professora minha. O que quero dizer, é que gosto de pessoas interessantes, de ter conversas interessantes e isso tem se tornado cada vez mais raro. Talvez o problema seja comigo, eu é que tenho me desinteressado demais de tudo.
Foi assim, falando sobre isso com aquele posso dizer ser um grande amigo, interessante desde os seis anos de idade, longa e rara amizade, que acabamos chegando na seguinte questão: O que fazer quando estamos sozinhos e desinteressados das pessoas?
Eu, leio, escrevo, atualmente tenho visitados muitos blogs e posso dizer que estou conhecendo pessoas muito interessantes. Infelizmente virtuais, mas quem sabe um dia o destino não me coloque frente a frente com algumas dessas e eu possa ter aquelas conversas empolgantes de horas e horas. Ah, como isso faz falta.
Sou um viciado em séries, ainda quero trabalhar com cinema de alguma forma, e quando nossa conversa chegou a isso, Dexter venho a tona. A tão famosa série da TV paga americana, canal showtime pra ser mais preciso, tem feito um tremendo sucesso, e não era pra menos. Um assassino em série cheio de principios, cheios de dúvidas e certezas chama muito a atenção e é por causa dele que o titulo do post é esse.
Em determinado momento da série, em uma das três temporadas, ele afirma que se sente "morto por dentro". Acho que é assim que eu tenho me sentido ultimamente. Acabou de que eu não tenho certeza dessa frase, por que ela se confunde com uma outra que posso atribuir ao personagem do Dexter com certeza: Empty inside. Vazio por dentro.
Acho que nem preciso falar mais, até porque não tem como, quem tiver interesse, assista. Investimento intelectual, pago com um pouco de tempo e reflexão. Todos os atores da série são excelentes, é muito bem escrita, as tramas são envolventes de tal forma, que muitas vezes nos damos conta que estamos mergulhado em uma dúvida sublime sobre o andamento que terá.
Quero abrir um parenteses para falar do Selton Mello, um ator que eu acho dos melhores. Assisti o cheiro do ralo ontem, um filme que recomendo e pela primeira vez eu me decepcionei com o a atuação do Selton. Espero que tenha sido uma gafe do diretor, ou que tenha ocorrido de propósito, mas ele aparenta não saber interpretar um fumante.
Atualmente tenho estado muito envolvido comigo mesmo, não sei se isso é saudável, mas é minha atual condição solitária.
Até breve.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Solidão

Livre?
Quando o medo bate na porta.
Quando a força bate no muro.
E você se vê desesperado, tentando de todas as formas se livrar dessas paredes que te prendem à solidão.
E por mais que se lute, que se queira, a liberdade é sua prisão.
E sendo seu maior medo o de morrer sozinho, hoje a morte lhe dá arrepios. Hoje ela lhe traz tremores.
Treme. Treme.
Bate dentes, bate carros, bate tudo.
E esperneia. E grita. E corre.
Enlouquece. Mas não és abandonado pela solidão.
E no dia da sua morte, ela será sua companhia. Sozinha. Modesta. Singela. Tímida. Mortal. Funesta. Híbrida. Faminta. Viva.
E por mais triste que seja, não morrerás sozinho, terás em seu encalço a SOLIDÃO.
Natureza Humana.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A discussão Machado de Assis

Ainda não ousei colocar a palavra crítica. Mas dando sequencia ao que faz parte da idéia original desse Blog achei interessante colocar uma observação a obra de Machado, que é a famosa discussão do Dom Casmurro. Esse meu blog eu uso mais pra divulgar coisas que eu considero mais literárias. É como se esse fosse o meu blog pra minha arte, com as palavras. Os tantos outros demais não são desse jeito. E como é de arte que eu trato aqui, é disso que falo quando falo de Machado.
Finalmente entendi o olhar oblíquo e dissimulado. Ah, o olhar oblíquo e dissimulado.
Falando nisso eu gostei da mini-série Capitu que a Globo exibiu. Ouvi falar que teve um cara famoso que falou mal, talvez ele tenha cometido o erro de terminar o livro antes da série.
Mas voltando ao que tô tentando fazer aqui, que é o que eu vou apresentar como o meu argumento para a minha posição nessa famosa discussão, acredito que Capitu traiu sim o Bentinho, e porque? Por causa do seu olhar olbíquo e dissimulado. Pensem nisso, quem essa não foi a dica do próprio Machado pra nos contar o que houve.
Mas é claro, opniões são opniões, e eu respeito todas.
Cada um pensa o que quer não é? Pelo menos isso podemos fazer?
Quem sabe um dia escrever também.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A Sina

Corria, corria sem ao menos olhar pra trás para admirar as gotas de lágrimas e suor que ficavam no caminha. Não sabia onde estava, não sabia aonde ir, não sabia porque corria. Mas corria como se estivesse em seu encalço o pior de todos os perseguidores. Sabia que era um corredor.

Do que corria era também uma incógnita, mas gostava de mistério e bastou saber que chegaria a algum lugar para aliviar qualquer curiosidade que tivesse. Onde chegaria também não sabia, mas sabia como: correndo.

E exatamente por estar correndo é que tinha absoluta certeza que chegaria em algum lugar o mais rapido possivel, msmo que demorasse muito.

Não sentia fome, não sentia sono, não sentir dor.

Não sentia o homem, não sentia o abono, não sentia o amor.

Mas sentia que estava sentindo algo que se deve sentir.

Sentia desenchavido, que esquecera de sentir alguma coisa no caminho e que esquecera no caminho o sentimento de esquecer.

Por vezes sentindo que sentado estava, corria por horas felizes de comodidade e quando percebia que ainda corria, sentia que havia se enganado.

E corria, corria e corria, até que um dia percebeu que havia chegado. Tentava continuar correndo, mas agora estava sentado.

Achou que fosse um lindo sonho de descanso por alguns dias e se deu conta que estava errado, esteve mesmo correndo e estava mesmo sentado, sem saber de onde vinha, nem pra onde ia, sabia que havia chegado.

Onde? Você me pergunta.

E eu digo, "pergunte pra ele que está sentado"

E se perguntar ele vai saber que foi alcançado e sairá correndo feito um condenado.

Fugindo do que ou de quem não sabe, só sabe que está atrasado.

Então vai perceber que não devia estar correndo, mas que devia ter voado.

Sentindo no rosto o vento que o leva, sem nem olhar para trás para admirar as gotas de lágrimas e suor que o acompaharam.

Quando estiver bem no alto, que talvez tenha chegado, perceberá que esteve caído ao seu lado e que todo a jornada sem destino, sem rumo, sem origem, não passou de um...

Agora sabe a verdade, de que sentimento esteve fugindo, o prq de estar tanto esfolado.

Boa viagem!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O Velho



60 traços se arrastam até se perder no tempo

Na medida que as sombras se movem dia após dia
A água que marca a idade, flui e se esvai, evaporando
Enquanto se aproxima das chamas escaldantes da vela celeste
Cujo candelabro, o universo, dança ao som dos traços
E isto tudo se limita ao quadro vivo murcho
Pendurado na sala dos troféus do deus homem
Matando a liberdade harmônica da vida em seu percurso ao ínicio
E todo dia quando se chega a zero retornamos ao um
Um novo dia, zero vida, um novo dia, zero vida
Tic, tac, tic, tac