terça-feira, 3 de novembro de 2009
FODA-SE
Me sinto perdendo tempo fazendo qualquer coisa na verdade
Me sinto perdendo tempo vivendo
Me sinto perdendo tempo vendo essa triste realidade
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Adeus
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
O maldito poema
domingo, 13 de setembro de 2009
Em meados
sábado, 5 de setembro de 2009
Uma busca
Compravam na loja da esquina
A ultima felicidade da semana
Achando que ferros nos dentes
Dariam fim a tal sina
Que não passava de mãnha
Ao menos era o que me diziam
"Ora menino, deixe de bobeira
Você já tem o que precisa"
O que preciso não me trouxe
Aquilo que sempre procurei
Fácil de encontrar em palavras
Alheias é claro
Não imaginei que fosse tão raro
Encontrar de verdade
Talvez na mesma cidade
Nem que o preço fosse tão caro
Ou que era cercado por um aro
Que protegia da mediocridade
Aquela que chamam felicidade.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Mais um Contado
Abri, pra mais um contado
Quando me dei conta
A ideia era passado
Então
Não havia mais o que contar
A palavra estava tonta
Não dava mais pra lembrar
Os dias
Belos estavam próximos
O fim estava na ponta
E o final era lógico
Pra quem
Não sabe o que diz
A escrita ronda
O eterno aprendiz
Sim, bobo
Porém, todavia, contudo
Há palavra mais sonsa
E muito futuro
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Blue
Mas não era assim que eu me sentia.
Os dias agoras eram diferentes.
Essa distância, mesmo que pequena, quase virtual.
Tornavam as coisas azuis de uma maneira um tanto quanto incomoda.
Não via mais a beleza nas coisas.
Aquela beleza descomunal havia distorcido minha visão.
O sol, a lua, nada se compara.
Agora nada era tão... único e especial.
Só aquela beleza era corada, todo o demais ficava mais azul.
E então o sol começa a se por, banhando de escuridão o dia.
Escurecendo nossas vistas em direção a noite.
Então me percebo como um pequeno engano, um erro.
Algo que ganhou cor por uns dias, mas deveria ser mais azul.
E lágrimas correm em palavras, num misto de tristeza e felicidade.
Músicas, gestos, escritos.
Ambas tentam dizer aquilo que não fui capaz de dizer a tempo.
Tentando corrigir ações e ditos que não deveriam ter sido ditas.
Então bate um arrependimento e um pensamento:
Que momento blue.
Ah, se pudessemos voar com liberdade.
Deixar pra trás todo o peso do passado.
Sentir no rosto a brisa do que vem adiante.
Sabendo que as coisas, mesmo não sendo tão belas.
Ainda são belas.
E que o azul fique colorido.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Fonte de Prazer
De bom caminho
Suculento e apetitoso
Água na boca
Fonte que jorra
Dedos que molham
Gritos calados
Que águam na boca
Jorram que eu sinto
Tremem que eu sei
E da água na boca
Uma sede que cessa
Bebe maroto
Sacia aos poucos
Mas a sede de ti
Persiste
A fonte
Que torna a jorrar
Molha
E aquece
Deliciosamente
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Egoismo
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Pedaços de letras e de inspiração
para o incêndio pegar
tem que manter a chama
não diga que não me ama
você me diz que não
e eu digo que sim
concluimos então
não durma em cima de mim
não me olhe assim
da nó na minha cabeça
só não me desapareça
você me diz que sim
e eu digo que não
esse não é o fim"
"Quem ama rima com cama"
"Soco na mente, pra quem sabe o que é, tá dado o recado"
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Fala sozinho
Tem coisas que deveriam ser terminadas, para que se pudesse ter real certeza da grandeza que ela atingiria, ou da decepção que geraria, mas não da pra deixar certas coisas pela metade, não resolvidas, mal faladas, não ditas.
E chego a conclusão, que realmente não deveríamos pensar nessas coisas e que os tais homens de fé, deveriam ter mais fé neles mesmos e nunca abandonar pelo caminho algo que querem de verdade.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
"O recomeço"
Eu gostaria que fosse, mas nem sempre nossas vontades são atendidas como que em um passe de mágica.
Inclusive, são raras as vezes que as vontades são supridas assim.
Talvez na infância enquanto assistíamos desenhos e brincávamos despreocupados.
Mas voltando a escrita, o ultimo que estava aqui, eu gosto dele, mas não é bom. Eu não acho bom.
Gosto como se fosse um filho mal-criado, mas que sabe ser carinhoso, que sabe te dar vontade de olhar pra ele e passar a mão nos cabelos, orgulhoso que só. Pode não ser o preferido, mas é um filho seu.
Nem sempre podemos recomeçar. Por vezes tomamos caminhos sem volta, mas nos é permitido se arrepender, querendo mais que tudo, mudar o passado.
Quem sabe em uma ocasião evitamos uma tragédia no futuro.
Mas por hora basta o recomeço.
E por onde recomeçar?
Perguntas ajudam?
Isso é recomeço?
Do fim? Do inicio? Do meio?
Não, o recomeço não é tão confuso, ele é coeso.
Nem sempre é planejado, embora devesse ser, e deixa a desejar em alguns momentos.
Tem vezes que nem parece recomeço.
O mesmo marasmo do suspense nos envolve, e quando damos conta estamos lá, de novo no recomeço.
O recomeço não vem necessariamente do começo, pode vir de qualquer lugar.
Às vezes recomeçamos do início, às vezes recomeçamos do meio, às vezes é bem no final que surge um recomeço.
E às vezes até do próprio recomeço.
Sabe, eu nem queria recomeçar, mas agora já comecei, um dia tem de acabar. Por mais que acabe aqui, foi um belo recomeço.
E continuo minha sina. Correndo, voando.
Pra qualquer lugar.
E no final chego ao começo, e então acho que vou recomeçar.
"O recomeço"
Esse é o recomeço.
Ah, deixa pra lá.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Oh minha doce garotinha
Quando foi que meu sorriso parou de te agradar?
Foi porque eu parei de dançar?
Te olho de longe, distante e com medo
Você tem outro rapaz
E eu achando que era tão cedo...
Oh minha garota
Não quero te perder
Não quero ter que te ceder
Sei que ninguém mais vai te amar
Não me faça de trouxa
Oh minha garota
Minha doce garotinha
Agora estamos a sós
Vamos falar sobre nós
Esse fervor pulsante
Que a tua veia dilata
Me banha e me hidrata
Oh minha garota
Você não pode mais falar
Mas pra sempre eu posso te tocar
Oh minha doce, doce garotinha
É uma pena você estar em pedaços
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De autoria do Senhor Rodolfo Grande, vulgo bolha!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Gestos
Cheguei a conclusão que gestos não dizem nada, talvez eu seja muito literal. Mas ainda assim essa palavra não deixa de existir em meu vocabulário e, portanto, não posso deixar de ser eu mesmo.
Alías, é uma palavra muito bonita. Vou escrever um poema sobre ela, em outra ocasião.
Agora volto ao que tem sido parte de minha rotina atual, cantar e gravar. Mas como voltei ao meu aconchego do lar, me falta um violão de qualidade, uma câmera de qualidade, um cantor de qualidade e etc. e tal.
Dessa vez uma musica que eu sempre gostei de cantar e tocar, um gesto antigo, assim como a do nando reis: Codinome-beijar flor. Tentar tocar cazuza é muita ousadia, mas gosto dele. "É pouco, mas é tudo que posso oferecer".
Violão desafinado, cordas velhas, ou seja, uma beleza que só.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Dia dos namorados não podia faltar
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Por onde andei?
O video ta estranho, mas foda-se, este sou eu!
domingo, 7 de junho de 2009
E agora José?
sexta-feira, 5 de junho de 2009
"Vê? Você não está aqui" Cantado
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Jamais me esqueça
domingo, 31 de maio de 2009
Sobre mim Cantando
quarta-feira, 27 de maio de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Sobre mim
Às vezes gosto de escrever, de pensar ou de conversar.
Costumo falar de mim aos versos, certos e imaturos.
Tento não ditar o ritmo macabro da ilusão.
Perco tempo de bocó, quando vejo foram meses.
Tenho fé, tenho dó, tenho ser, tenho medo.
E se me negaram os meus direitos noturnos,
Também não me nego em dizer que houve confusão.
A espreita, certeira, de algo que se move
Se de dia, tem dias, que a noite não vem.
À noite, tem dias, que o dia não morre
Calado, soturno, a espera de um trem.
De um futuro rasteiro que agora não morde
Porém, todavia, está indo para o além
domingo, 17 de maio de 2009
A travessia
Me vejo assim, perdido, no horizonte deste chão.
A história segue os rumos que ditou o coração.
Nem um ou outro manda quando berra o canhão.
A guerra, a guerra.
Ele sempre fora, moço trabalhador.
Regou a sua terra, com com sangue e seu suor.
Até que certa vez, cansado de temer.
A paz acreditava, que não podia ter.
Se lançou ao mar!!
Vamos homens, vamos homens!! Vamos trabalhar!
Aqui a vida a vida é dura, ou querem se afogar.
E você aí garoto, que faz no meio do mar?
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Vê? Você não está aqui
Sinto na face a navalha
Vento cortante não me mostra o horizonte
Quero estar estando um pouco mais longe
Ouço boatos que perdi a direção
Estão perdidos, já nem sei onde estão
Os pingos de chuva dentro do busão
Eu vou seguir o rumo do meu coração
Coração
Estou parado em um bloqueio
E o jeito é lhe roubar um beijo
Um tanto distante parece o dia de ontem
Num dia incerto observo aquele monte
De solidão, solidão
No caminho da jornada
Há rumores de geada
Que te congelam frente à televisão
E misturam-se com um copo de ilusão
Vê? Você não está aqui
Vê? Você não está aqui
Vou tomar as rédeas, da minha vida
Isso pode ser a minha despedida
Eu te quero bem, como tenho medo
De deixar morrer em mim esse desejo
Vê? Você não está aqui
Ainda sem nome
Um assalto iminente
Que ainda está vivo na minha mente
A vida é mesmo interessante
E eu nunca me dediquei
Mas já chegou a minha vez
E eu me pergunto até que ponto
Vou esperar aquele encontro
Está na hora de correr
Atrás
De um novo amor
E sei
Pra onde vou
Em mim
Posso encontrar
A fonte
Pra explorar
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Trajes a Rigor
Isso agora era o que todos sabiam
Conto que no conto um desencontro
Fez a diferença no final
Na voz do povo, era isso que queriam
Um inforntúnio desses afinal
Canto que no canto o desencanto
Nos traría trajes a rigor.
Mas era uma homenagem,
O grande planejado
A novela se estendia
Para ao amigo do lado.
Tudo estava tenso
E nem o namorado
Queria ter usado
De tanto pudor
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Canto Daquele que Vence Todas as Batalhas
Encantos em cantos
Conto que canto
Te vejo, bela, mais bela que a beleza.
Desejo, nela, todas as outras grandezas.
Falo, por partes.
Falam, que é arte.
Daqui de cima, onde estou, vejo quase todas.
E nota-se, que se destaca.
É como se da praia, encontrasse a pérola no fundo do mar.
Como um encontro num canto.
Canto que conto, no meio do conto.
Um conto de encontro.
Encontra que canta, no meio que encanta
Me canta, me encanta.
Cantos e contos.
Contos e cantos.
O conto!
O conto!
O conto era de amor. Entre duas pessoas. Não seja seco, Fale direito. Amor. Amor.
Sim. sim. Sim.
Era amor. Amor.
Que coisa estranha, que é o amor.
Todo mundo via, não dava valor.
Quem me diria, que o tal Nicanor.
Teria a batalha, ao seu favor.
Nicanor! Nicanor!
Mas a sua amada estava longe.
Nicanor! Nicanor!
Um pouquinho pra lá, daquele monte.
E todos lá sabiam, que a sua vitória
Ainda estava viva e tão cheia de glória.
Suas vidas continuavam, até a outra batalha.
Junto eles marchavam, até outra vitória.
Enquanto isso, o seu Nicanor
Falava pra todos, com muito fervor.
Vamos avançar.
Vamo avançar.
Todos nós aqui, sabemos que vencemos
Por causa das pessoas, que ainda veremos.
Nicanor! Nicanor!
Mas nem todos, estavam tão certos
Ainda tinham aqueles que temiam.
Diziam que o futuro era incerto.
Que não sabiam até onde iriam.
Sempre houveram covardes, até numa matilha.
Covardes! Covardes!
Não. não. Não.
Não somos convardes, e nem justiceiros
Pensavam também, no filhos herdeiros.
Pensavam na vida, nisso é que pensavam.
E também no retorno, para as suas amadas.
Como o planejado, como o planejado.
Cantos de encantos em contos.
Contos de encontros em cantos.
Encontros e desencontros
Cantos e desencantos
Conto, que não tenho conto.
Conto, que canto em canto.
Conto, que não te conto.
Conto.
Conto.
Conto.
Conto.
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Quando passar por aqui, por favor comente.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Novo
Cada vôo, uma alavanca
Me traga, eu trago, uma breve esperança
Cada inspiração
Vira (ex)piração
Sinto a brisa, no olhar
a palavra, me manda
Na casa, do caso, (mal)dito
Eis o novo começo
Eis meu louco desejo
Por...
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Dor
Confundem com algo chamado, inconsequentemente, de dor.
As conseqüências dessa confusão pífia típica,
Resulta na elaboração da própria dor e de tudo ao seu redor.
A dor nada mais é do que o medo dela própria,
Que na verdade é muito mais dolorosa que a própria dor.
É mais fácil viver na dor, é mais fácil viver doendo.
Mais fácil viver doando, mais fácil que viver.
Mais fácil que doer.
"Dead inside"
Algum tempo atrás eu decidi que também faria críticas, comentários e coisas do tipo, sempre frizando a arte de forma geral. Inicialmente seria sempre voltado pra literatura, mas decidi que vou expandir a ideia, discutir cinema, séries, TV, entre outros. Afinal, todos nascem da literatura, por que alguém tem que escrever algo em algum momento.
Resumindo, estive conversando com um amigo meu, meia hora de blá blá blá muito bem gasto. Talvez eu seja um pouco preconceituoso em relação as pessoas, sou novo, mas já cansei da humanidade. Talvez, ter tentado ler o maldito do Schopenhauer, tenha sido mesmo um erro, como me disse uma professora minha. O que quero dizer, é que gosto de pessoas interessantes, de ter conversas interessantes e isso tem se tornado cada vez mais raro. Talvez o problema seja comigo, eu é que tenho me desinteressado demais de tudo.
Foi assim, falando sobre isso com aquele posso dizer ser um grande amigo, interessante desde os seis anos de idade, longa e rara amizade, que acabamos chegando na seguinte questão: O que fazer quando estamos sozinhos e desinteressados das pessoas?
Eu, leio, escrevo, atualmente tenho visitados muitos blogs e posso dizer que estou conhecendo pessoas muito interessantes. Infelizmente virtuais, mas quem sabe um dia o destino não me coloque frente a frente com algumas dessas e eu possa ter aquelas conversas empolgantes de horas e horas. Ah, como isso faz falta.
Sou um viciado em séries, ainda quero trabalhar com cinema de alguma forma, e quando nossa conversa chegou a isso, Dexter venho a tona. A tão famosa série da TV paga americana, canal showtime pra ser mais preciso, tem feito um tremendo sucesso, e não era pra menos. Um assassino em série cheio de principios, cheios de dúvidas e certezas chama muito a atenção e é por causa dele que o titulo do post é esse.
Em determinado momento da série, em uma das três temporadas, ele afirma que se sente "morto por dentro". Acho que é assim que eu tenho me sentido ultimamente. Acabou de que eu não tenho certeza dessa frase, por que ela se confunde com uma outra que posso atribuir ao personagem do Dexter com certeza: Empty inside. Vazio por dentro.
Acho que nem preciso falar mais, até porque não tem como, quem tiver interesse, assista. Investimento intelectual, pago com um pouco de tempo e reflexão. Todos os atores da série são excelentes, é muito bem escrita, as tramas são envolventes de tal forma, que muitas vezes nos damos conta que estamos mergulhado em uma dúvida sublime sobre o andamento que terá.
Quero abrir um parenteses para falar do Selton Mello, um ator que eu acho dos melhores. Assisti o cheiro do ralo ontem, um filme que recomendo e pela primeira vez eu me decepcionei com o a atuação do Selton. Espero que tenha sido uma gafe do diretor, ou que tenha ocorrido de propósito, mas ele aparenta não saber interpretar um fumante.
Atualmente tenho estado muito envolvido comigo mesmo, não sei se isso é saudável, mas é minha atual condição solitária.
Até breve.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Solidão
Quando o medo bate na porta.
Quando a força bate no muro.
E você se vê desesperado, tentando de todas as formas se livrar dessas paredes que te prendem à solidão.
E por mais que se lute, que se queira, a liberdade é sua prisão.
E sendo seu maior medo o de morrer sozinho, hoje a morte lhe dá arrepios. Hoje ela lhe traz tremores.
Treme. Treme.
Bate dentes, bate carros, bate tudo.
E esperneia. E grita. E corre.
Enlouquece. Mas não és abandonado pela solidão.
E no dia da sua morte, ela será sua companhia. Sozinha. Modesta. Singela. Tímida. Mortal. Funesta. Híbrida. Faminta. Viva.
E por mais triste que seja, não morrerás sozinho, terás em seu encalço a SOLIDÃO.
Natureza Humana.
quinta-feira, 5 de março de 2009
A discussão Machado de Assis
Finalmente entendi o olhar oblíquo e dissimulado. Ah, o olhar oblíquo e dissimulado.
Falando nisso eu gostei da mini-série Capitu que a Globo exibiu. Ouvi falar que teve um cara famoso que falou mal, talvez ele tenha cometido o erro de terminar o livro antes da série.
Mas voltando ao que tô tentando fazer aqui, que é o que eu vou apresentar como o meu argumento para a minha posição nessa famosa discussão, acredito que Capitu traiu sim o Bentinho, e porque? Por causa do seu olhar olbíquo e dissimulado. Pensem nisso, quem essa não foi a dica do próprio Machado pra nos contar o que houve.
Mas é claro, opniões são opniões, e eu respeito todas.
Cada um pensa o que quer não é? Pelo menos isso podemos fazer?
Quem sabe um dia escrever também.
segunda-feira, 2 de março de 2009
A Sina
Corria, corria sem ao menos olhar pra trás para admirar as gotas de lágrimas e suor que ficavam no caminha. Não sabia onde estava, não sabia aonde ir, não sabia porque corria. Mas corria como se estivesse em seu encalço o pior de todos os perseguidores. Sabia que era um corredor.
Do que corria era também uma incógnita, mas gostava de mistério e bastou saber que chegaria a algum lugar para aliviar qualquer curiosidade que tivesse. Onde chegaria também não sabia, mas sabia como: correndo.
E exatamente por estar correndo é que tinha absoluta certeza que chegaria em algum lugar o mais rapido possivel, msmo que demorasse muito.
Não sentia fome, não sentia sono, não sentir dor.
Não sentia o homem, não sentia o abono, não sentia o amor.
Mas sentia que estava sentindo algo que se deve sentir.
Sentia desenchavido, que esquecera de sentir alguma coisa no caminho e que esquecera no caminho o sentimento de esquecer.
Por vezes sentindo que sentado estava, corria por horas felizes de comodidade e quando percebia que ainda corria, sentia que havia se enganado.
E corria, corria e corria, até que um dia percebeu que havia chegado. Tentava continuar correndo, mas agora estava sentado.
Achou que fosse um lindo sonho de descanso por alguns dias e se deu conta que estava errado, esteve mesmo correndo e estava mesmo sentado, sem saber de onde vinha, nem pra onde ia, sabia que havia chegado.
Onde? Você me pergunta.
E eu digo, "pergunte pra ele que está sentado"
E se perguntar ele vai saber que foi alcançado e sairá correndo feito um condenado.
Fugindo do que ou de quem não sabe, só sabe que está atrasado.
Então vai perceber que não devia estar correndo, mas que devia ter voado.
Sentindo no rosto o vento que o leva, sem nem olhar para trás para admirar as gotas de lágrimas e suor que o acompaharam.
Quando estiver bem no alto, que talvez tenha chegado, perceberá que esteve caído ao seu lado e que todo a jornada sem destino, sem rumo, sem origem, não passou de um...
Agora sabe a verdade, de que sentimento esteve fugindo, o prq de estar tanto esfolado.
Boa viagem!
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O Velho
60 traços se arrastam até se perder no tempo
Na medida que as sombras se movem dia após dia
A água que marca a idade, flui e se esvai, evaporando
Enquanto se aproxima das chamas escaldantes da vela celeste
Cujo candelabro, o universo, dança ao som dos traços
E isto tudo se limita ao quadro vivo murcho
Pendurado na sala dos troféus do deus homem
Matando a liberdade harmônica da vida em seu percurso ao ínicio
E todo dia quando se chega a zero retornamos ao um
Um novo dia, zero vida, um novo dia, zero vida
Tic, tac, tic, tac