quinta-feira, 12 de março de 2009

Solidão

Livre?
Quando o medo bate na porta.
Quando a força bate no muro.
E você se vê desesperado, tentando de todas as formas se livrar dessas paredes que te prendem à solidão.
E por mais que se lute, que se queira, a liberdade é sua prisão.
E sendo seu maior medo o de morrer sozinho, hoje a morte lhe dá arrepios. Hoje ela lhe traz tremores.
Treme. Treme.
Bate dentes, bate carros, bate tudo.
E esperneia. E grita. E corre.
Enlouquece. Mas não és abandonado pela solidão.
E no dia da sua morte, ela será sua companhia. Sozinha. Modesta. Singela. Tímida. Mortal. Funesta. Híbrida. Faminta. Viva.
E por mais triste que seja, não morrerás sozinho, terás em seu encalço a SOLIDÃO.
Natureza Humana.

2 comentários:

Débora disse...

Nossa, me arrepiei lendo essa palavras, bem forte esse poema, super expressivo.
Acho que todo já sentiu algum dia a força da solidão para poder se indentificar.
Um abraço

Francisco disse...

bondade sua, meu caro.
poesia é relativa, fico feliz se você gostou.
hoje fui ao bar do escritor e expus minha poesia lá, e algumas pessoas disseram que não havia poesia lá e que mesmo se estivesse escrita em prosa estaria anêmica e carente de literatura.
o certo é que eu escrevo sem qualquer pretenção de ser bom ou mau com isso. coloco o que sinto em versos e não me censuro.
se algumas pessoas acharem suas poesias ruins por estarem carentes de literatura, provavelmente eles não entendem nada de arte.
eu li algumas das suas e gostei.

enfim, só queria dar essa minha opinião para alguém depois de hoje.

valeu por me ouvir (ler).

até.